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É preciso aceitar que a obesidade é uma questão de saúde pública
21 de dezembro de 2017

o Congresso Europeu de Obesidade (ECO) começa hoje em Viena, na Áustria, e pretende discutir problemas e soluções relacionados à doença

Há dois dias estou em Viena, na Áustria, aguardando o Congresso Europeu de Obesidade (ECO: European Congress on Obesity), que se inicia hoje. Me debrucei por algumas horas nos estudos apresentados no último encontro realizado na cidade do Porto, em 2017.

Em meu entendimento a comunidade europeia debuta na aceitação da obesidade como grave problema de saúde pública, mantendo alguma dificuldade em aceitar o inconteste fato que a doença apresenta causas multifatoriais, é de difícil tratamento e mudanças comportamentais podem potencialmente evitar seu início ou estacionar sua evolução, mas, de regra, não oferecem magreza sustentável.

Contudo, nesses eventos existe uma maravilhosa amostra viciada de cientistas e médicos pesquisadores de todas as nacionalidades que veem o mundo como ele é, enxergando todas as fronteiras com linhas divisórias tênues, incapazes não só de evitar a imigração ilegal, assim como, inapto para impedir o viés da força bruta do interesse econômico bem acima do bom senso.

Gosto do observatório científico europeu acerca dessa doença, às vezes concluindo o óbvio, que nem sempre é fácil; em outras buscando possíveis causas, também definindo suscetibilidades e em algumas oportunidades sugerindo condutas.

'Obeso, mas em forma', ou ainda, 'Gordo, mas saudável'?
Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, apresentaram no ECO 2017 um estudo que demonstra exatamente o contrário da afirmação do subtítulo acima. Estas afirmações rondam, há muito tempo, consultórios médicos, de nutricionistas, academias e afins. Tais deduções partem do pressuposto de que a obesidade não aumenta o risco de morte prematura quando desacompanhada de hipertensão, alterações no metabolismo da glicose ou elevações nos níveis de gordura no sangue.

A pesquisa deduz que obesos (IMC>30), ainda que sem comorbidades, apresentam um risco muito maior de desenvolver doenças cardíacas (doença coronariana e insuficiência cardíaca), cérebro,vasculares (acidente vascular isquêmico ou hemorrágico) e insuficiência vascular periférica, quando comparados com pacientes de IMC <30.

Notícia extraída de https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/e-preciso-aceitar-que-a-obesidade-e-uma-questao-de-saude-publica/



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